Visualização detalhada de Mofo branco ou podridão-branca da haste:
Característica | Valor |
---|---|
Nome comum | Mofo branco ou podridão-branca da haste |
Nome Científico | Sclerotinia sclerotiorum |
Cultura | Soja |
Regiões de Ocorrência | Não determinado |
Sintomas:
São observados na forma de podridão úmida de cor parda e consistência mole, logo desenvolve micélio branco e denso de aspecto cotonoso cobrindo o tecido infectado. O fungo é capaz de infectar qualquer parte da planta, porém as infecções iniciam-se a partir das pétalas senescentes nas axilas das folhas e dos ramos laterais. Nas folhas, podem ser observados sintomas de murcha e seca. Em poucos dias, o micélio transforma-se em massa negra e rígida, o esclerócio, que é a forma de resistência do fungo. Os esclerócios variam em tamanho, e podem ser formados tanto na superfície quanto no interior da haste e das vagens infectadas.
Condições de desenvolvimento da doença:
- A fase mais vulnerável da soja vai da floração plena ao início da formação das vagens. Esclerócios no solo, sob alta umidade e temperaturas entre 10 e 21° C, germinam e desenvolvem apotécios na superfície do solo. Estes produzem ascósporos que são liberados ao ar e são responsáveis pela infecção das plantas.
- A infecção nas plantas é favorecida pela umidade de 40 a 120 horas de molhamento foliar e temperatura entre 18 e 25° C.
- A transmissão por semente pode ocorrer tanto por meio do micélio dormente (interno) quanto de esclerócios misturados às sementes. Uma vez introduzido na área, o patógeno é de difícil erradicação.
Medidas de controle:
- Uso de semente certificadas livres do patógeno associado ao tratamento de sementes.
- Em áreas de ocorrência da doença realizar a rotação/sucessão de soja com milho e aveia preta/branca e trigo.
- Evitar o plantio de nabo forrageiro e eliminar plantas hospedeiras do fungo.
- Aumentar o espaçamento entre linhas da soja, reduzindo a população ao mínimo recomendado.
- Utilização de produtos biológicos e aplicação de fungicidas específicos na parte aérea das plantas.
Referências:
HENNING, A. A. et al., Manual de identificação de doenças de soja. Londrina: Embrapa Soja, 2005.
KIMATI, H. et al. Manual de Fitopatologia: Doenças das Plantas Cultivadas. V5. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 2016.
SARAN, P. E. Manual de identificação das doenças da soja. Disponível em: <https://www.fmcagricola.com.br/Home/DetalhesColetaneas/16>